sábado, 26 de julho de 2008

Sob seu ponto de vista...

Todo dia é a mesma coisa.
Chego em casa, brinco com ele, por 1 hora, preparo seu jantar, sentamos à mesa, jantamos. Dou-lhe um banho refrescante, troco sua roupa, ponho o perfume. Ele vai até o pai, na sala, pede-lhe a benção, dá-lhe um beijo de boa noite e um abraço apertado. Vem até seu quarto, onde eu o espero orgulhosa. Ajoelha-se aos pés da cama, e oramos o Santo Anjo (sim, na minha casa as coisas são tradicionais: pai, mãe, avós e adultos, são chamados de senhor/senhora; aqui pede-se lincença, desculpas e a bênção - ao chegar e ao sair - nada de relações moderninhas).
Deitamos em sua cama e, - sim - ele não dorme mais em berço desde que completou 1 ano, dorme numa cama, e lá ficamos abraçados no escuro do quarto, até ele adormecer.
Ao acordar na madrugada, se a saudade aperta, lá vem ele até nosso quarto, e sobe em nossa cama, certo de que será acolhido, pra dormir no ninho do conforto. No quentinho do corpo de seus pais.
Assim a vida dele prossegue, confiante, tranquila e cheia de orgulho.
Nesse cotidiano, observamos, quase como meros espectadores seu desenvolvimento, e, aos poucos, percebemos seu crescimento, dia após dia...
E pensar que até pouco tempo ele media apenas 51cm(...)
Nesses momentos entendo porque algumas mães têm vários filhos: porque à medida que um se torna independetnte, sentimos a necessiade de aninhar outro nos braços e começar a rotina de ensinamentos novamente.
Ser responsável pelo desenvolvimento do carater de alguém, seja, talvez, a maior das competências de uma pessoa, onde nenhuma universidade ensina, onde apenas seus conhecimentos e seus valores, além de seu instinto poderão lhe guiar.

4 comentários:

Anônimo disse...

"Um coração de mel e melão, de sim e de não... é feito um bichinho no sol de manhã. Novelo de lã, no ventre da mãe bate um coração...". E quem diria que aquela menina que eu "conheci" (interneticamente), tão matreira, tão insegura das suas dores de amores, fosse se tornar uma mulher-mãe tão felina, tão mestra... na medida certa do meu orgulho. Parabéns pela sensibilidade (no texto e na vida). Parabéns pelo filho-presente... ou melhor, parabéns para ele, por ter uma MÃE, assim, com as letras bem maiúsculas. Beijos, minha Tendida. Amiga linda, linda, linda.

Carol disse...

que delicia deve ser isso!
:)

Muitos beijos,
Kérol

Fabi Ormerod disse...

Lindo texto! e concordo em gênero, número e grau...agora que o meu mini homem já tem 2 anos e meio, sinto uma falta enorme daquele bebezinho indefeso. Apesar que essa fase de agora é uma delícia, ele fala cada coisa, a gente se espanta cada dia com a esperteza deles :) Bjo

Anônimo disse...

Amiga, emocionante.

Com fé, logo saberei o que é isso.

Vc é meu orgulho.

Beijos,

CA