terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nada mais no lugar.




A princípio, eu não gostei do cheiro do seu pescoço.

Mas depois percebi que não era no pescoço que se tratava. Era do seu nariz, da sua boca. Você todo tem um cheiro estranho. E você é rosa-neon e sua demais. Por que eu não me levei a sério? Por que eu não me levo a sério? Por que eu ainda insisti, se eu definitivamente não tinha gostado de você de cara? Não, meu bem. Não é porque você é um delicinha, não. Você cheira à manteiga rançosa. Desculpa, mas este foi o único eufemismo que consegui.

Porque, pra mim, sempre teve que ser pra tirar o pé do chão e viajar junto. “Mas eu gosto cada vez mais de viajar sozinho”, você me disse e pensou que eu não fosse entender sua frase. Claro que o contexto era diferente, mas estava dito. Mais uma coisa: além de você cheirar a bacon, ainda menosprezou meu talento e minha inteligência. Ah, não.

E sábado você quis colocar o papo em dia.

- Que?

Vanessa da Mata bombava no meu iPod mental. Tinha orquestra, tinha piano. E tinha ele. E eu estava lá. Toda lá. Toda dele.


Case-se comigo, antes que amanheça, antes que não pareça tåo bom partido.
Antes que eu padeça, case comigo. Quero dizer pra sempre que eu te mereço, que eu me pareço com o seu estilo. E existe um forte pressentimento dizendo que eu sem você é como você sem mim.
Antes que amanheça, que seja sem fim antes que eu acorde, seja um pouco mais assim.
Meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido

Meu príncipe, meu hóspede, meu marido.
Case-se comigo antes que amanheça, antes que não me apareça tão bom partido. Case-se comigo. Antes que eu padeça, case-se comigo. Eu quero dizer pra sempre que eu te mereço, que eu me pareço com o seu estilo. E existe um forte pressentimento dizendo que eu sem você é como você sem mim. Antes que amanheça, que seja sem fim.

Antes que eu acorde, seja um pouco mais assim.



- bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla... E você?
- Oi?
- E você, tudo bem?
- Pois é, então (
sempre uso esta frase quando eu sei o que dizer, mas não quero). Tenho que fazer um interurbano, desculpa. Com licença.
- Vai viajar?
- Já estamos, eu e ele.


.

8 comentários:

Defalchi disse...

É...
Parece que alguém "foi pra roça e perdeu a carroça"...

Carol disse...

Não!!

Alguém, é que chegou e tomou conta de tudo sem nem perguntar se podia!

Aí quando é assim, eu deixo.

\o/

Caio Miniaturas disse...

Cativante. E de final arrebatador. Menina, estou com um PROJETO ÓTIMO e acho que vai dar até pra incluir você nele. Quando a gente se bater no msn, me lembre de te contar, valeu? Um beijo grande... sem gosto ou cheiro de bacon. Heheheh

ALBERGUE*MENTAL
http://caioalbergue.blogspot.com

Anônimo disse...

Se não deu certo de cara, não insista. O tempo só ajuda a revelar os defeitos que escondemos no momento inicial. Fato.

Anônimo disse...

Eu já sabia que seria esse o final... desde o dia em que vc me perguntou pq é que vc não tava assim, tão abalada, lembra?
A gente cresce e aí o razoável é pouco demais. Aquela tendência tb a negar as primeiras impressões tb se minimiza.
E nessa conta de somar e subtrair, quem multiplica é nossa auto-estima. Ai ai delícia.

Amo!

CA

JOsenlda Alves disse...

Cheiro de bacon é o fim!!!
Se no início o cheiro não agradava...
Passou!
Deixa ele curtir - sozinho - os bondes, os canyons, o narcisismo dele...
E viva a amor compartilhado que está à sua espera!!!!!!!
Beijos,
:)

Carol disse...

Hahahhaahhaahhahahahahahahaah

amo vc, nildoca!

Isa Duarte disse...

ah, adorei! é o típico 'deixa rolar'...